Pedro Carlos do Brasil
Pedro Carlos | |
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Chefe da Casa Imperial do Brasil (Ramo de Petrópolis) | |
Reinado | 27 de dezembro de 2007 a até atualidade |
Antecessor(a) | Pedro Gastão |
Herdeiro | Pedro Tiago, Príncipe Imperial do Brasil |
Nascimento | 31 de outubro de 1945 (78 anos) |
Petrópolis, Brasil | |
Nome completo | |
Pedro de Alcântara Carlos João Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga | |
Esposas | Rony Kuhn de Souza (c. 1975–79) Patricia Alexandra Branscombe (c. 1981–2006) Patrícia Alvim Rodrigues (c. 2018) |
Descendência | Pedro Tiago, Príncipe Imperial do Brasil Felipe Rodrigo do Brasil |
Casa | Orléans e Bragança (Ramo de Petrópolis) |
Pai | Pedro Gastão, Príncipe do Brasil |
Mãe | Maria da Esperança de Bourbon |
Religião | Catolicismo |
Brasão |
Pedro Carlos (Pedro de Alcântara Carlos João Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga; Petrópolis, 31 de outubro de 1945) é um dos pretendentes ao trono brasileiro como Pedro V, e, portanto, membro da Casa de Orleans e Bragança, filho de Pedro Gastão, Príncipe do Brasil e de Maria da Esperança de Bourbon.[1] O ramo Petrópolis reivindica o trono em oposição ao ramo Vassouras da também Casa de Orléans e Bragança, chefiado por seu primo Bertrand, Príncipe do Brasil. Embora Pedro Carlos e Bertrand sejam tataranetos do imperador Pedro II do Brasil, da Casa de Bragança, eles disputam a liderança da Família Imperial Brasileira devido a uma disputa dinástica envolvendo seus pais. Ele é formado em engenharia mecânica pela Universidade de Brasília e trabalha como consultor de empresas. Ele também é o atual presidente da Companhia Imobiliária de Petrópolis, que administra os bens da família imperial brasileira.
Além de engenheiro florestal aposentado, Pedro Carlos não persegue ativamente sua reivindicação ao trono extinto e se dedica principalmente à defesa do patrimônio histórico e cultural da monarquia brasileira e à administração da Petrópolis Real Estate Company, que ele possui ao lado de seus irmãos. Dono do Palácio do Grão-Pará, é o último real a morar em um palácio real nas Américas.
Nascimento e infância[editar | editar código-fonte]
Pedro Carlos nasceu em Petrópolis, o filho mais velho de seis filhos de Pedro Gastão, Príncipe do Brasil e sua esposa, a princesa Maria de la Esperanza das Duas Sicílias. Foi batizado com os nomes de Pedro de Alcântara Carlos João Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga, seguindo uma tradição da Casa de Bragança inaugurada pelo primeiro Imperador do Brasil de receber o nome dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel e Santo Aloysius Gonzaga. Ao nascer, foi o primeiro membro da Família Imperial brasileira a nascer no Brasil desde a deposição e exílio da família em 1889 (e desde o nascimento de seu tio-avô Luís, Príncipe Imperial do Brasil, em 1878).
Família[editar | editar código-fonte]
Pedro Carlos é bisneto da imperatriz Isabel I do Brasil, último membro da família imperial brasileira a governar o país (ainda que como princesa regente). Seu avô, Pedro de Alcântara, príncipe do Grão-Pará, havia brevemente reinado nominalmente como imperador Pedro III durante a Revolução Federalista. Paternalmente, Pedro Carlos é primo em primeiro grau afastado do príncipe Jean, conde de Paris (nascido em 1965), pretendente orleanista ao trono francês, e primo em primeiro grau de Duarte Pio, duque de Bragança (nascido em 1945), pretendente ao trono de Portugal e tio de Filipe, Príncipe Herdeiro da Iugoslávia, segundo filho e herdeiro de Alexandre, Príncipe Herdeiro da Iugosláviae a irmã de Pedro, a princesa Maria da Glória do Brasil. Do lado materno, ele também é primo-irmão do rei Juan Carlos I da Espanha (nascido em 1938).
Educação[editar | editar código-fonte]
Pedro Carlos formou-se em engenharia florestal pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e tornou-se corretor de imóveis em Sevilha, Espanha, onde sua mãe era proprietária do Palácio de Villamanrique-de-la-Condessa que herdou de seu pai, um infante da Espanha. Após o falecimento do pai em 2007, assumiu a direção da Companhia Imobiliária de Petrópolis, imobiliária na cidade de Petrópolis por meio da qual arrecada o laudêmio, um imposto de 2,5% sobre o valor de todas as negociações imobiliárias realizadas em centro de Petrópolis. Isso porque a justiça brasileira entende que o território hoje correspondente ao centro de Petrópolis era propriedade privada da Família Imperial brasileira, embora isso seja questionado por alguns políticos.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Em 2017, Pedro Carlos realizou um leilão de vários itens da Família Imperial, incluindo a caneta de ouro usada por sua bisavó, a Imperatriz Isabel I do Brasil, para assinar a Lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil, que foi comprada pelo Ministério da Cultura para ser exposto no Museu Imperial do Brasil. Último membro da realeza a residir em um palácio real nas Américas, Pedro Carlos mudou-se do Palácio Grão-Pará para uma cobertura menor em Itaipava, e alugou os fundos do palácio para um estacionamento.
Atividades e posições dinásticas[editar | editar código-fonte]
Pedro Carlos é considerado um pretendente ao trono brasileiro pelos monarquistas que acreditam que a renúncia de 1908 aos direitos dinásticos de seu avô paterno Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará, foi ilegal e inválida. No entanto, um jornal espanhol noticiou que Pedro Carlos subscreve um ponto de vista republicano. Embora sua posição como pretendente ao trono não seja reconhecida pela maioria dos monarquistas brasileiros, ela encontra grande respaldo entre intelectuais, juristas e professores de direito das mais prestigiadas universidades do país. Desde a morte de seu pai, ele é genealogicamente o representante sênior da Casa de Orleans-Braganza.
Em 2022, seu filho mais velho, o príncipe Pedro Tiago, reivindicou a chefia da Casa Imperial do Brasil, acreditando que seu pai era inelegível para chefiar a casa imperial por se declarar republicano.
Casamento e descendentes[editar | editar código-fonte]
Pedro Carlos foi casado três vezes e enviuvado duas vezes. Seus dois primeiros casamentos resultaram em um filho de cada um. Casou-se com Rony Kuhn de Souza (20 de março de 1938 - 14 de janeiro de 1979) em 2 de setembro de 1975, em Petrópolis. Juntos, eles tiveram um filho:
- Pedro Tiago, Príncipe Imperial do Brasil (nascido em 12 de janeiro de 1979 em Petrópolis) - Em 26 de maio de 1992, Pedro Thiago foi sequestrado a caminho da escola e detido por um resgate estimado em $ 5 milhões. Ele foi libertado em 2 de junho depois que a polícia invadiu uma casa em um subúrbio do Rio de Janeiro. Em janeiro de 2002, foi indiciado por furto e posterior venda de um conjunto de louças de porcelana do Palácio do Grão-Pará pertencente a sua tia, a princesa Cristina.
A primeira mulher de Pedro Carlos morreu dois dias depois do nascimento do filho.
Em 16 de julho de 1981, na Fazenda São Geraldo, Pedro Carlos casou-se com Patrícia Alexandra Branscombe (22 de novembro de 1964 – 21 de novembro de 2009). O casal teve um filho:
- Filipe Rodrigo do Brasil (nascido a 31 de Dezembro de 1982). Sua segunda esposa faleceu no Palácio do Grão-Pará, em Petrópolis.
Pedro Carlos casou-se pela terceira vez em 1º de setembro de 2018 em cerimônia civil e em 9 de outubro de 2021 em Petrópolis em cerimônia religiosa com Patrícia Alvim Rodrigues.
Títulos, estilos e honras[editar | editar código-fonte]
Títulos e estilos[editar | editar código-fonte]
- 31 de outubro de 1945 – 27 de dezembro de 2007: Sua Alteza Imperial o Príncipe Imperial do Brasil
- 27 de dezembro de 2007 – presente: Sua Alteza Imperial o Príncipe do Brasil
Honras[editar | editar código-fonte]
Enquanto Chefe da Casa de Orléans-Braganza, Pedro Carlos ocupou os seguintes cargos:
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem de Cristo
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem de São Bento de Avis
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem de São Tiago da Espada
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem do Imperador Pedro I
- Grão-Mestre e Soberano da Imperial Ordem da Rosa
Ele também foi condecorado com uma série de outras honrarias:
- República Federativa do Brasil: Comendador da Ordem do Mérito Cultural
- Calábria Família Real de Duas Sicílias: Meirinho da Grande Cruz da Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge
Referências
- ↑ Mesmo Pedro Carlos sendo um dos atuais pretendentes ao trono, ele se declarou republicano e votou no em república no plebiscito, ele possuí esse título pois, seu pai Pedro Gastão, Príncipe do Brasil, nunca aceitou a decisão de seu pai, Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará de abdicar dos direitos ao trono para se casar, isso gerou uma reivindicação e criou uma disputa dinástica, aí sim, criou o Ramo de Petrópolis e o Ramo de Vassouras.