Morte e funeral de Luiz do Brasil

Fonte: Monarquia Wiki
Morte e funeral de Luiz
Data
  • 15 de julho de 2022 (2022-07-15) (falecimento)
  • 18 de julho de 2022 (2022-07-18) (funeral e sepultamento)
Local

Em 15 de julho de 2022, Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil e de jure, Imperador do Brasil, faleceu aos 84 anos, em São Paulo, Brasil. Sua morte foi anunciada pela Pró Monarquia, seguida de reações de monarquistas no Brasil e em outros países. Ele foi sucedido por seu irmão, Bertrand.

Hospitalização[editar | editar código-fonte]

Luiz teve uma série de problemas de saúde nos anos 2010. A família anunciou, em 10 de junho de 2022, que havia sido internado no hospital Santa Catarina em São Paulo. No dia 8 de julho, também informou que, após ficar diversos dias internado, inclusive na unidade de terapia intensiva (UTI), seu estado era irreversível. Por fim, comunicou seu falecimento em 15 de julho de 2022.[1]

Reações[editar | editar código-fonte]

Por sua morte, foi decretado luto oficial em todo o Brasil, pelo período de um dia, por decreto do presidente Jair Bolsonaro.[2] Em 16 de julho de 2022, o Itamaraty publicou nota de pesar em honra a Dom Luiz e agregou:

Dom Luiz é agora sucedido por seu irmão Dom Bertrand na chefia da Casa Imperial, a quem caberá a missão de representar os descendentes do fundador do Brasil neste ano do Bicentenário da Independência.[3]

Velório[editar | editar código-fonte]

O velório aconteceu em 16, 17 e 18 de julho de 2022, na sede do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, em São Paulo, reunindo monarquistas de todo o Brasil.

O príncipe Luiz que morreu confortado com os Sacramentos da Santa Igreja e a Bênção Apostólica, foi velado entre os dias 16 e 18 de julho, sábado a segunda-feira, na Sede do Reino de Maria do benemérito Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, na capital paulista. Profundamente consternado que seus herdeiros dinásticos imediatos, seus irmãos, Bertrand, Príncipe do Brasil, e Antônio, Príncipe Imperial do Brasil, e seus sobrinhos, Rafael, Príncipe do Grão-Pará, três príncipes a quem a Providência quis confiar a sucessão dinástica do Brasil neste período turbulento e decisivo da sua história.

Outros familiares também compareceram a essa solene ocasião: sua cunhada, Ana Maria, com os filhos, o príncipe Luiz Philippe e a princesa Ana Luiza; dois de seus demais irmãos, o príncipe Pedro de Alcantara e a princesa Maria Gabriela; e seu sobrinho, o príncipe Pedro Alberto, com a esposa, a princesa Alessandra.

Estiveram presentes duas primas de Luiz, a princesa Maria Isabella de Savoia-Gênova e a condessa Isabella Rostworowski, além de incontáveis autoridades eclesiásticas, civis e militares, veteranos e jovens monarquistas, amigos de longa data e novas relações da família imperial brasileira, figuras destacadas da sociedade, artífices discretos de nossa grandeza nacional e distintas senhoras, muitos vindos de outros Estados e mesmo do Exterior.

Roupa[editar | editar código-fonte]

O Príncipe estava vestido com casaca e cingido com a Banda de Grão-Mestre das Imperiais Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de São Bento de Avis, de Santiago da Espada, do Cruzeiro, de Pedro I e da Rosa, a Placa da Ordem de Cristo, o Colar da Ordem da Rosa e também o distintivo da Congregação Mariana, da qual era membro. Em suas mãos fora colocado o Santo Rosário, e, sobre seus pés, a Bandeira do Império que outrora pertenceu a seu trisavô, o Imperador Dom Pedro II. Em uma almofada foram postas três de suas outras condecorações: a Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta; a Grã-Cruz da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Santa Sé; e a Grã-Cruz da Ordem Sagrada e Militar Constantiniana de São Jorge, da Casa Real das Duas Sicílias. O Príncipe foi ainda Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Vila Viçosa, da Casa Real de Portugal.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em vários Estados e mesmo em outros países foram realizadas homenagens oficiais e semioficiais. E o número de mensagens de condolências que afluiu à Sede do Secretariado da Casa Imperial, em São Paulo, foi enorme, vindas da Europa e das três Américas, com manifestações de pesar de Famílias reinantes e outrora reinantes, aparentadas à Família Imperial, algumas tendo sido enviadas ao Ministério das Relações Exteriores através dos Embaixadores estrangeiros acreditados em Brasília.

O então presidente Jair Bolsonaro declarou luto oficial em todo o país, com instituições civis e militares em todo o Brasil hasteando bandeiras a meio mastro em suas sedes e quartéis em homenagem ao tataraneto do imperador Pedro I, que declarou o Brasil independente há 200 anos. O Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Comunicação Social, também lamentou o falecimento do príncipe e o homenageou.

Sepultamento[editar | editar código-fonte]

Missa[editar | editar código-fonte]

A missa que antecedeu o sepultamento (no Cemitério da Consolação) foi celebrada aos 18 de julho na paróquia de Santa Terezinha, na Capital do Estado de São Paulo.[4][5][6]

O Santo Sacrifício da Missa foi oferecido na forma extraordinária do Rito Romano pelo Vigário Paroquial da Igreja São Domingos, Fr. José Almy Gomes, benemérito sacerdote e antiga relação da família imperial, que em sua comovente Homilia destacou que o Imperador “de jure” foi como que uma luz a iluminar todos aqueles desejosos de um Brasil fiel a si mesmo e em ascensão, através da Restauração da Monarquia nesta nossa amada Terra de Santa Cruz.

A santidade da cerimônia e a solenidade do local dotaram a celebração de grande solenidade, emocionando muitos espectadores e, claro, fazendo-os refletir sobre a fé inabalável de Luiz no futuro do cristianismo e da monarquia no Brasil.

Enterro[editar | editar código-fonte]

O enterro de Dom Luiz aconteceu no Cemitério da Consolação e foi decorado com mais de uma centena de coroas de flores enviadas por parentes, amigos, instituições e admiradores do falecido, brasileiros e estrangeiros. Os heróicos soldados novamente carregaram o caixão envolto na bandeira imperial, e com as buzinas e assobios correspondentes, e a saudação dos fuzileiros navais, o príncipe foi saudado com serviço fúnebre.

Houve então silêncio enquanto o caixão era baixado à sepultura enquanto os muitos padres presentes ofereciam as orações tradicionais condizentes com a ocasião. O clima foi tão emocionante que os presentes - e as milhares de pessoas no Brasil e no exterior que acompanharam a transmissão ao vivo pela internet - perceberam que estavam presenciando um momento histórico, o fim de uma gloriosa era de 41 anos de Luiz como Chefe da Casa Imperial do Brasil.

Bertrand, Príncipe do Brasil dirigiu-se aos presentes no túmulo de seu irmão mais velho, a quem amava e lamentava. Muito emocionado, nosso novo imperador "de jure" destacou a grandeza de alma de Luiz, sua lealdade e seriedade no cumprimento de sua histórica missão. Por fim, Bertrand, acompanhado de seus herdeiros dinásticos, Antônio e Rafael, teve a maior alegria ao ser saudado pelos presentes.

Referências

  1. «Dom Luiz de Orleans e Bragança morre aos 84 anos». O Globo. Consultado em 15 de julho de 2022 
  2. Nacional, Imprensa. «DECRETO Nº 11.134, DE 15 DE JULHO DE 2022 - DOU - Imprensa Nacional». www.in.gov.br. Consultado em 15 de julho de 2022 
  3. «Falecimento de D. Luiz de Orleans e Bragança». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 20 de julho de 2022 
  4. «Corpo de Dom Luiz de Orleans e Bragança é velado em São Paulo». G1. Consultado em 17 de julho de 2022 
  5. «Corpo de Dom Luiz, neto da Princesa Isabel, é velado em São Paulo». cultura.uol.com.br. Consultado em 17 de julho de 2022 
  6. «COMUNICADO: EXÉQUIAS DE S.A.I.R. DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA, CHEFE DA CASA IMPERIAL DO BRASIL (1938–2022) » Monarquia». monarquia.org.br. Consultado em 17 de julho de 2022 

Notas

Ligações externas[editar | editar código-fonte]